sexta-feira, 19 de julho de 2013

Soneto de um quase encontro




Miram-na seus olhos petrificados
A despir o busto ainda coberto:
- Embora o céu pareça estar tão perto,
Na lama rastejam os teus amados.

Em teu rebanho nunca serão gados.
Garanhões?! São asnos, tenho por certo.
O amor a ti permanece deserto,
Porque tu jamais olhaste pros lados.

A pobre da moça, olhando pra frente,
Ao encontrar com as córneas distantes,
Mantém um recado em total sigilo:

- Que bonito rapaz! Tão sorridente...
Se ao menos ele me encarasse antes,
Eu teria coragem de segui-lo.
(Jonas Jandson)







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