sábado, 18 de agosto de 2012

Tudo que escrevi dormindo


Aprendi a ignorar,
Calei-me para teus atos,
Olhos fechados pra não ver teu rumo,
Que contraste, enfim te vi voar.

Subiu bem alto, beija-flor.
Em seu voo ímpar, parou no ar.
Tocou as nuvens,
Contemplou os girassóis.

Quis me dar suas asas...
Para que eu também pudesse voar.
Mas sou só um ser humano, passarinho.
Terra firme é o meu lugar.

Também já alcei meus voos.
Compartilhei o céu contigo,
Mas sempre retorno à realidade,
Logo que ouço um singelo “não”.

Teu voo é nato-natural, passarinho.
Vives nas alturas e só visitas o chão.
E quanto a mim, posso até voar.
Mas não passo de um piloto de avião.


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