sábado, 23 de junho de 2012

Vidro Fumê



Com alguns quilos a menos
E outras rugas a mais,
Em meio à multidão,
Que anda apressada,
Correndo contra o tempo e...
Esbanjando egocentrismo,
Aí vou eu!

A única luz que brilha em minha frente,
É aquela que vem da tela do computador.
O mundo todo ao meu alcance,
Entre quatro paredes e uma porta FECHADA.

O silêncio que veio e fixou morada,
Ou que, apenas, retorna ao seu verdadeiro lar?
E a falta que faz um “oi, como vai?”,
Por mais retórica que a frase possa carregar.

O sorriso a cada dia mais raro
E as cores, que o olho “cego” não vê.
São retratos da indiferença que se esconde
Por trás da janela com vidro fumê.

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